Picasso
PAZ
E DIREITO DE OPINIÃO
Como
referido no Balaústre anterior, a Maçonaria e os Direitos Humanos estão
intimamente ligados. A Maçonaria Universal, e o que ela representa, sempre
esteve na vanguarda dos movimentos de autodeterminação e defesa da liberdade do
homem e do lado do progresso e do humanismo.
Contribuiu
para que as Declarações dos Direitos Humanos e dos Direitos da Criança sejam
hoje uma realidade, para a abolição da escravatura e da pena de morte, para a
luta anticolonialista, para o sufragismo universal, para a igualdade de raças e
de sexos e para a liberdade religiosa.
À
escala nacional, muitos foram os maçons que combateram ao lado do Grão Mestre
D. Pedro IV contra o absolutismo, e que estiveram com o maçon Machado Santos,
fundador da República, e dos Capitães de Abril na restauração da democracia. A
Maçonaria ao longo dos anos, deixou a sua marca na governação do país, tendo os
primeiros presidentes dos Governos Provisórios após as Revoluções de 5 de
outubro de 1910 e de 25 de Abril de 1974 sido os maçons Teófilo Braga e Adelino
da Palma Carlos.
Contribuiu
para a promoção da legalização do divórcio, enquanto direito civil e
individual, do registo civil, da instrução primária obrigatória e da criação do
Serviço Nacional de Saúde. Ajudou a redigir as Constituições liberais e
republicanas. Teve (e tem) sempre um papel ativo na criação e gestão de instituições
culturais, científicas e de solidariedade social.
O
carácter progressista da maçonaria, só é possível no país e no mundo, devido ao
trabalho discreto nas Lojas, da intervenção dos maçons nas diversas
organizações politicas, sociais e empresarias e do debate promovido no interior
do Templo.
Falar
de progresso e de humanismo, é, pois, falar de Maçonaria, mas também de PAZ e
de DIREITO DE OPINIÃO!
Defender
e promover o direito à Paz dos povos e de cada indivíduo significa, de facto,
criar as condições necessárias e indispensáveis para o desenvolvimento e o
reconhecimento para todos dos direitos humanos fundamentais que a maçonaria
sempre pugnou ao longo dos anos e da sua história.
Quem
vive em situações de paz estável e duradoura corre o risco de dar por normal a
existência e o respeito de todos aqueles direitos civis, políticos, económicos,
sociais e culturais, designados por direitos humanos fundamentais, como por
sejam: o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, à saúde física e
mental, à educação, à liberdade religiosa, no entanto vários são os exemplos na
atualidade de que estes direitos aparentemente normais e totalmente alcançados
estão ameaçados ou pura e simplesmente não são observados. Por seu turno, a
ameaça à paz, põe em causa, outro dos princípios fundamentais da liberdade
individual e um dos pilares da maçonaria: o direito de opinião! De facto, na
Declaração Universal dos Direitos Humanos, também ela uma “prancha maçónica”
como foi referido no balaústre anterior, consagra no seu artigo 19.º o “direito à liberdade de opinião e de
expressão..."
É,
pois, correto afirmar que, a efetivação dos Direitos Humanos garante a paz
efetiva, a tranquilidade de espírito e o bem-estar de todas as pessoas.
Tal
como o alcance da paz foi um baluarte para a vivência dos Direitos Humanos,
também estes são bases concretas para a vivência de uma paz efetiva e
duradoura, e, consequentemente, para a felicidade da humanidade, como é aliás
missão dos Maçons e da Maçonaria.
ELBF24
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