Victor da Silva Barros
SILÊNCIO ENSURDECEDOR
Por entre a serenidade
Do vento que não sopra
No rijo rochedo agreste
Ou no delicado sussurro
Da magia do arvoredo,
Irrompem gritos silenciosos
De almas que sofrem…
Qual silêncio ensurdecedor
Que angustia e magoa!
São lamentos tortuosos
Duma multidão de vozes
Discretamente clamando auxilio,
Gente que não agita bandeira
Nem levanta o braço
Com berros de ameaça
Ou dedos acusadores.
Não têm, não querem, voz ruidosa,
Mas interpelam-nos seriamente
Com a angústia no olhar,
Questionando mais que os contestatários
Ou tumultuosos de voz grossa,
Exigem-nos em sofrimento retraído
Caminho de Renovada Esperança…
ELBF03
Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes.
ResponderEliminarAbraham Lincoln