Carlos Dugos
Estamos
a vivenciar nossa silenciosa e gratificante escalada em busca dos verdadeiros
conhecimentos esotéricos, os “Grandes Mistérios”.
Segredos
não profanos, segredos da construção do Templo de Salomão, e da morte e renascimento
simbólico do espírito do Mestre Hiram, aqui na presença do nosso Mestre,
Poderosíssimo. Aqui, neste período de
aprendizado, estão também o Rei de Tiro, e dois Adonhirans.
O
silêncio é uma virtude aprendida na Maçonaria e deve ser praticado não só nos
trabalhos maçônicos, mas na vida profana. O Silêncio é a discrição que
conquista a confiança dos que nos rodeiam. Esta virtude nos remete ao VITRIOL
para silenciosamente corrigirmos nossos defeitos e usarmos prudência e
tolerância em relação aos defeitos dos outros.
Em constante evolução, vamos nos remeter aos antigos ensinamentos
iniciáticos.
O
desaparecimento violento de mestre Hiram
Abif nos reporta a Bíblia Reis II, 62 que fala na consagração do Templo, onde
Salomão imolou vinte e dois mil bois e 120 mil ovelhas, sangue derramado d’alma
dos homens que dedicaram vidas ao “sacrifício da completação”. O sangue do
silêncio, que permite a evolução.
Adonhiram,
Hiram Abiff, passagens de luto dum
segredo arcano de especial significado na história do Templo do Rei Salomão,
verdades que nos permitem crescer pela dor do silêncio, pela mortalha que nos
silencia, onde há de se lembrar do segundo vigilante, que agora vemos num manto
negro ornado com lágrimas prateadas, que o mais elevado canto em silêncio remete-nos
como irmãos que somos à Bíblia (Reis 12:18), pois diz que esse ou aquele poderá
ter sido morto pela fúria que nasce de um furor, da cólera, do reverso do
silêncio.
Galgamos
uma eternidade , e em evolução inevitável vimos a perceber a Arca da Aliança, iluminada
por um (menorah) de sete braços, que significa a aliança entre o homem e Deus,
e uma chave de marfim para não nos esquecermos do Silêncio, pelo qual poderemos
aceder numa ordem superior de conhecimento, uma nova vida num plano superior de
consciência, mas esta chave também pode
“fechar”, pois é o poder sobre uma vida que o Mestre Secreto passa a
viver nos graus superiores.
Em
símbolo, guardamos a Arca da Aliança, a que representa também o Tabernáculo,
onde se situa o altar do “Santo dos Santos”, o local das Táboas da Lei, local
onde somente o Sumo- sacerdote podia entrar para falar “pessoalmente” com o
Senhor.
A
Maçonaria encarecerá sempre o zelo pela lei, pois não pode haver ordem,
harmonia e felicidade numa sociedade onde o respeito á tradição e o zelo pelos
acordos selados não sejam mantidos.
Entre
o céu e a terra, se percebem o silêncio e a observância, que são capazes de
combater a ignorância em todos os campos. As coisas do céu se aprendem mediante
a busca sincera da Gnose divina, as coisas da terra se conhecem através da
prática de uma filosofia de vida esclarecida.
A
linguagem Espiritual é inefável por natureza contudo, ela se comunica com a
Divindade.
A
força de um pensamento emana sons peculiares que o vulgo não percebe, mas cujas
vibrações atingem a quem são destinadas.
O
silêncio nos faz perceber que as leis que regem o Universo são naturais e
imutáveis, e a elas tudo está sujeito. Portanto será pelo estudo, raciocínio e
sofrimento, derivado da luta contra os maus hábitos e as imperfeições, que o
espírito do homem de bem , do maçom se esclarece para alcançar maior evolução.
O silêncio nos permite obter segurança para o que nos cabe fazer, e põe em
ação, sem fúria ou desestabilidade, o nosso livre-arbítrio para o bem, o silêncio
irradia pensamentos para que o GADU nos envolva na sua luz e fluidos, e para
que nos fortifique no cumprimento dos nossos deveres.
Silêncio
é a primeira pedra do Templo da sabedoria.
Já
dizia Confucio: “Ouça e Você vai ser sábio”, pois o início da sabedoria é
silênciar.
ELBF12
Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio. Eu sentir-me-ia muito pouco feliz se me fosse possível dizer a que ponto o sou.
ResponderEliminarWilliam Shakespeare