quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

“JUSTIÇA, IMPARCIALIDADE E EQUIDADE”

Leonardo da Vinci

“JUSTIÇA, IMPARCIALIDADE E EQUIDADE”

Falar de Justiça, Imparcialidade e Equidade, é na prática falar de Humanismo, pois na verdade o desenvolvimento do Homem, rumo ao refinamento da sua superioridade a isso convoca – a busca de um Humanismo e de uma Humanidade mais e mais perfeitos, em sintonia com a Natureza (o Cosmos), na aceção física e espiritual.
Mas nada podemos dar por adquirido na longa linha do tempo onde o Homem coexiste como ator principal do ecossistema, visto este na dupla perspetiva carnal não carnal.
Se “ontem” uma geração de homens (os dessa época) fez evoluir e porventura “avançar”, de forma cuidadosa e sustentada, a Humanidade, num sentido positivo – o da maior perfeição, dotando, acautelando e potenciando uma justiça, uma imparcialidade e uma equidade mais autênticas entre os Homens, e entre estes e o ecossistema, já “hoje”, uma outra geração pode, através de lideranças impreparadas, dissimuladas, ou mesmo mal escolhidas, fazer colocar tudo por terra, regredindo a evolução anterior – este é aliás um tema bem atual, onde depois de pelo menos duas décadas de expansão da liberdade, da justiça, da imparcialidade e da equidade à escala global, vimos agora assistindo a forte retrocessos, sob a capa de nacionalismos, populismos e outras prepotências afins.
Interiorizando que, em cada tempo, a geometria da Humanidade do Homem estará constantemente em equação, é urgente prevenir, ou seja educar, educar, educar. Educar uma cultura de justiça, de imparcialidade e de equidade, sem nunca esquecer que a Justiça se faz da proporção certa de tolerância e de castigo, que Imparcialidade remete para isenção e neutralidade racional, e que Equidade pode e deve levar-nos a apreciar de forma distinta o que não é igual.
Esta é sem dúvida a maior herança geracional: preparar os vindouros para terem as bases que lhe permitam serem mais justos e mais perfeitos, e deixando, contundo, a eles a arte e o engenho de o alcançarem, ao mesmo tempo que terão como missão preparar também os que lhe venham a suceder.
Que nunca esqueçamos que aos olhos do criador, nunca ninguém é (deterministicamente) culpado!



ELBF09

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