Leonardo da Vinci
“JUSTIÇA, IMPARCIALIDADE E EQUIDADE”
Falar de Justiça, Imparcialidade e Equidade, é na
prática falar de Humanismo, pois na verdade o desenvolvimento do Homem, rumo ao
refinamento da sua superioridade a isso convoca – a busca de um Humanismo e de
uma Humanidade mais e mais perfeitos, em sintonia com a Natureza (o Cosmos), na
aceção física e espiritual.
Mas nada podemos dar por adquirido na longa linha
do tempo onde o Homem coexiste como ator principal do ecossistema, visto este
na dupla perspetiva carnal não carnal.
Se “ontem” uma geração de homens (os dessa época)
fez evoluir e porventura “avançar”, de forma cuidadosa e sustentada, a
Humanidade, num sentido positivo – o da maior perfeição, dotando, acautelando e
potenciando uma justiça, uma imparcialidade e uma equidade mais autênticas
entre os Homens, e entre estes e o ecossistema, já “hoje”, uma outra geração
pode, através de lideranças impreparadas, dissimuladas, ou mesmo mal
escolhidas, fazer colocar tudo por terra, regredindo a evolução anterior – este
é aliás um tema bem atual, onde depois de pelo menos duas décadas de expansão
da liberdade, da justiça, da imparcialidade e da equidade à escala global,
vimos agora assistindo a forte retrocessos, sob a capa de nacionalismos,
populismos e outras prepotências afins.
Interiorizando que, em cada tempo, a geometria da
Humanidade do Homem estará constantemente em equação, é urgente prevenir, ou
seja educar, educar, educar. Educar uma cultura de justiça, de imparcialidade e
de equidade, sem nunca esquecer que a Justiça se faz da proporção certa de
tolerância e de castigo, que Imparcialidade remete para isenção e neutralidade
racional, e que Equidade pode e deve levar-nos a apreciar de forma distinta o
que não é igual.
Esta é sem dúvida a maior herança geracional:
preparar os vindouros para terem as bases que lhe permitam serem mais justos e
mais perfeitos, e deixando, contundo, a eles a arte e o engenho de o
alcançarem, ao mesmo tempo que terão como missão preparar também os que lhe
venham a suceder.
Que nunca esqueçamos que aos olhos do criador,
nunca ninguém é (deterministicamente) culpado!
ELBF09
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